Peque pelo excesso e não pela falta, sempre ouvi essa frase,
mas tenho que admitir que nunca a internalizei como deveria!
Vai e faz, faça com o que tem e DIY sempre foram os meus
lemas para a vida toda, mas a pergunta que ultimamente me faço diariamente é “o
que fazer?”. Estou com uma idade que me
permitiu fazer quase tudo que desejei me envolver, ver de perto tudo que achava
bonito e fazer parte de grandes coisas que obviamente me orgulho até dos erros!
Mas agora chegou um hiatus,
não sei se pela cidade que chamam de capital, mas de realidade provinciana na
qual me encontro ou se algo que tinha dentro de mim e que movia a garota dos projetos,
dos eventos, dos desenhos e o escambau se quebrou de uma forma sutil que só
agora eu percebi.
A realidade agora é outra, tenho comigo o fantasma da “estabilidade”
que me segue e me assombra de todo jeito que pode e um monstro chamado dividas
que desgraça com a vida de todos os criadores que desejam um queijo para
colocar no pão. Eu que outrora era cheia de projetos, idéias loucas e anseios
inesperados, cair em um mar remoto de ocasionalidade e fiquei presa ao bel prazer da premissa “o que aparecer eu
pego”. Veja bem, esse texto é um desabafo, um apelo talvez, mas sob tudo o
desabafo sincero de alguém que olha em volta e percebe que a parte que ela mais
se orgulhava de si está ficando lentamente para trás junto com a sua juventude
que muitos diriam facilmente que nem se quer aproveitou.
Sabe aquele vislumbre de algo motivador que surge dentro da
simplicidade do dia a dia e lhe persegue nos sonhos, na confusão de um ônibus ou
nos momentos de tranqüilidade até que você encontre seu jeito e torne aquilo
parte da sua realidade? Não? Então você precisa de ajuda, não consigo imaginar
uma vida sem esse calibrador! Mas
cuidado, uma vez que seu coração se encher de inspiração pela primeira vez,
você vai ficar viciado e se tornará quase um escravo da criação. Se em algum
momento a inspiração, a amante perfeita do leito e dos moleskines, lhe
abandonar por um motivo qualquer, você se torna somente mais um passante irrelevante
dentro o mundo dos mortais e não há dor maior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fala aê!