“Jogo o meu corpo no mundo, andando por todos os cantos e
pela lei natural dos encontros eu deixo e recebo um tanto.” (Mistério do planeta - Novos Baianos)
Passante tipo 1:
Passante tipo 1:
Hei você que merece ficar! Vem aqui, deita um pouco, me
conta da sua vida, me faça sorrir e chorar com as suas experiências. Me faça
viver através da sua vida. Fica mais um pouco, fica e vai ficando. Fica! Até
que um dia o meu sofá não lhe caiba mais, que suas palavras já não me cativem e
que nossos sorrisos ou lágrimas não signifiquem mais porra nenhuma um para o
outro. Tudo culpa da obsolescência. Mas a lembrança daquele dia, aquela piada idiota..kkkkk sempre vou
rir daquilo.
Passante tipo 2:
Hei você que não merece estar! Fica! Me faça lhe odiar, me
provoque dor, me faça sentir e me importar em revidar. Se acomode e me
desacomode. Deixe tudo bagunçado, polua o meu ar, me ensine como as coisas podem
ficar piores. Mas seja breve, ainda que querido, jamais será acolhido e um dia
a minha tolerância ao seu veneno vai fazer de você evitável, e o evitável não
tem espaço aqui. E aquela dor que me causou nunca mais vou me permitir sentir,
mas nunca vou esquecer da merda que foi.
Passante tipo 3:
Hei você que sempre esteve! Não vá! Não escolha me deixar.
Preciso ter para onde voltar! Mesmo que seja em oi ocasionais, bom dia esporádicos
e confissões necessárias. Quero ter pra quem ligar, em quem pensar, de quem
esperar uma resposta assim que a minha presença se fizer igualmente necessária.
Alias, não precisa ficar o tempo todo, só precisa voltar e se derramar. Se
fazer em mim como sempre fez e depois partir...levando um pedaço meu misturado
ao seu. Porque é isso que somos, vidas independentes, se construindo em um mix
de convergências e divergências que vira uma paralela que desejo sinceramente
que seja infinita. Vá...mas volte!
“Ouvi aquela música que você adora e fiquei
rindo sozinho. Caraca! Tu me persegues até aqui na balada do outro lado do
mundo criatura! Como você tá?”
Passante tipo 4:
Hei você que acabou de chegar! Que encanto é o seu olhar, me
ensina como cativar assim? Pode ser que sim, me ensina a fazer isso com o
cabelo? Posso sim! Sorrisos. Bom dia. Boa tarde! Boa noite! Você vai? Você Foi?
Tudo bem com você? Comigo está tudo ok! Legal...legal.
Ficando, chegando, estando...merecendo ou não merecendo
ficar, a vida é como um Netflix e as pessoas são como séries. (HUAHAUHAU...vai fazer sentido)
Tem pessoas que você fica louco por novos episódios e vibra por cada um deles,
tem outras que você começou amando e agora já odeia e só quer que termine tudo para
ser livre novamente.
Tem alguns títulos que você nem sabe como foi parar lá, você
sabe que não gosta daquilo e mesmo assim o Netflix fica querendo lhe empurrar
goela a baixo como se seus gostos e escolhas pudessem mesmo lhe trazido até
alí.
Tem ainda aquelas que você assiste sem compromisso de
emoções, é só pra rir um pouco e passar o tempo, mas tudo bem rapidinho.
E tem os clássicos que por mais que o tempo passe, você
sempre volta pra rever e reviver aquelas velhas emoções que sentiu desde a
primeira vez que viu.
Almas...amigas, inimigas ou enamoradas estão sempre de
passagem, só compartilhando o mesmo caminho que a gente sabe lá por quanto
tempo. Acho belo.
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