Translate

Exposição fotográfica e cama!




Exposição ► Fotografia ► Lituânia ► Infância ► Turminha da sala 402

Esse fim de semana eu fui uma estudante de comunicação exemplar, até a parte em que fiquei a tarde toda no mix dormindo/facebook.
Pulei da cama feliz para ir pra aula, fui o caminho todo lendo um livro e depois da aula aproveitei para dar umas voltinhas. Fomos eu e minha mãe para a Caixa cultural ver qual exposição estava lá e conhecemos os trabalhos do fotografo lituano Antanas Sutkus na exposição “um olhar livre” e do desenhista paulista Paulo Sayeg.

Meu comentário vai parecer bobo, mas a primeira coisa que me lembrei quando estava lendo um breve resumo sobre a vida do fotografo na entrada da exposição, foi de um desenho chamado Turminha da sala 402. Lá tinha uma personagem chamada Polly McShane extremamente chata e pouco bonita, que era a minha favorita. A família dela era toda da Lituânia e ela tinha tanto orgulho da sua origem que na maioria das vezes só falava sobre isso e se vestia a caráter todas as vezes que tinha a oportunidade. Até hoje tudo que eu sabia sobre Lituânia era proveniente desse desenho que eu assistia quando tinha Deus sabe que idade. Todas as fotos de crianças lituanas que eu vi me fizeram remeter a ela e todas as fotos de idosos me fizeram lembrar os seus digníssimos avôs e a comida...não lembro muito, mas  sei que ela costumava dizer que as mulheres da lituânia eram muito fortes e virtuosas.

Como essa mesma exposição passou pelo Museu Oscar Niermeyer, tomei a liberdade de copiar um pedacinho do texto que eles colocaram no site.

 “Antanas Sutkus nasceu na Lituânia em 1939 e construiu o seu percurso durante o regime comunista, mas conseguiu escapar das armadilhas da censura política e não se perdeu nem se prendeu nas malhas da ideologia. O curador da mostra, Luiz Gustavo Carvalho, afirma que Sutkus descreve a vida cotidiana de maneira justa. “Às vezes irônica, mas sempre por meio de uma linha forte e resistente ao sistema e às influências”, diz Carvalho.O público do MON tem a oportunidade de conhecer a cultura do leste europeu pelo olhar daquele que é considerado por críticos e jornalistas como “o poeta entre os soviéticos”.  ““As imagens não evocam memórias, e sim um presente contínuo que apresenta um povo com seus mistérios e idiossincrasias”, diz a diretora do Museu Oscar Niemeyer, Estela Sandrini.”

Não vi essa na expô. Mas gente, É A POLLY!






No texto também comparam ele a um fotografo chamado Cartier-Bresson que eu nem se quer conhecia, mas que deveria ter conhecido há mais tempo. Ele é considerado um dos pioneiros do fotojornalismo moderno  e essa foto trilinda é uma das mais famosas.




Enfim...fica a dica.

O fantástico mundo de Bob.


Anos noventa ► Influências culturais ► Gold Age ► Desenhos 

Por Jau Santoli
Costumo dizer que não há época mais legal que os anos noventa e isso já faz no mínimo duas décadas. (Entendeu a piadinha?)
Sem perceber estamos ficando como meus pais e como os meus avôs que acreditavam que os anos nos quais nasceram eram sempre melhores do que aqueles que estavam vivendo. Fiquei pensando sobre isso e percebi que não era a programação da TV que era substancialmente superior, muito menos os hábitos alimentares que tornavam aqueles anos os melhores. O que muda todo o contexto é a nossa perspectiva, é o danado do olhar.
Para a maioria das pessoas, quando eu perguntar quais os melhores anos da sua vida, a resposta automática será a infância e aí chegamos à resposta!
Não entendeu onde eu quero chegar?
Quando somos crianças o conteúdo é a ultima coisa na qual prestamos atenção, o que marca cada momento vivido são as emoções que naquelas épocas nos escapuliam com facilidade. Como a nossa memória tem muita facilidade para vincular sentimentos com músicas, filmes e algum elemento externo que estávamos em contato no momento em que nos sentimos felizes. É mais do que comum que as coisas vinculadas a nossa infância sejam de fato as melhores e nos deixe contentes até hoje. Não pelo conteúdo em si, mas pelo sentimento adormecido.
Uma prova do que estou falando, é o fato de ser inevitável não acabar destruindo com o encanto de algo que nos seus 6 anos de idade era incrível! Comigo foi aquele tio muitooooooo alto que no fim só tinha 1,73 (sou maior que ele hoje). Ou aquela música que você se acabava de dançar com as amigas e não fazia ideia de que estavam falando da sua vagina ou de atos que mais tarde você até gostasse, ou simplesmente achasse muito confuso (como a suruba dos Mamonas Assassinas)
Pense um pouco e pare de ser chato! Nós sabemos que Justin Biber e Restart são umas drogas, mas não sabíamos o quanto a Britney ou as Spice Girls podiam ser lixo na nossa época e gostava mesmo assim. Se você não gostava, não se ache tão importante, tenho certeza que alguma modinha inútil também lhe atingiu como se fosse a melhor coisa do mundo.
Sob tudo, não há como negar que a produção cultural dos anos 90 arrebentou lindamente e apesar da Xuxa, nos tivemos a Eliana, apesar da Britney, nos tivemos Sandy e Júnior e apesar do Barney, nos tivemos o Pequeno urso e toda a turma do Castelo Rá TIM Bum. É bom lembrar que os anos noventa foi uma década forte para o amadurecimento das comunicações e o amadurecimento das grandes marcas, foi o berçário dos futuros consumistas e essa realidade conviveu de forma cortês com programações de boa qualidade que dificilmente se corrompiam.
Melhor que os anos noventa? Temos vários anos e pra mim o prêmio de Gold Age pertence aos anos 70.
Valorizo e analiso o meu hoje como a adulta que sou, mas tendo um filho...não entregaria a educação 
dele para DVD nenhum fazer o trabalho.
Em todo caso...que tal matar a saudade das manhãs de sábado hein?

E quando a saudade bate...


Da série: Poetizando o dia-a-dia no Facebook.

Tema de hoje: Vai que dá.

Às vezes parece que seria incrível se desse para arrumar as coisas, voltar no tempo ou somente ter a noção exata de quando a oportunidade perdeu a validade. 
Vivemos todos os dias fazendo e desfazendo de detalhes que naquele momento não pareceram tão importantes, mas que no futuro poderiam ter se tornado grandes modificadores em nossas vidas. 
Um dia os olhos se abrem, as lembranças batem fortes e então vem a vontade de voltar...de correr e arrumar tudo antes que seja verdadeiramente tarde.
Mas e se já for tarde o suficiente? 
Talvez, não seja mais tão lindo como poderia ter sido.
Talvez nem sequer fosse ser tão lindo.
Ou quem sabe ainda haja a chance de ser uma coisa boa. Pode ser, não pode?
Talvez se correr e catar as migalhas que deixou pelo chão, essas pequenas partes de histórias que ficam vagando pelas páginas de um livro que nunca chegará a ser escrito, possam “causar” e se tornar uma obra prima um dia. Talvez nunca se tornem um Shakespeare, mas podem ser um Camões, que com menos reconhecimento nunca perdeu a nobreza ou o prazer em ser lido.
Só posso ser brega e desejar que “a sorte seja lançada” e que o destino se faça arteiro mais uma vez.

Life changes in a heartbeat...


Um pouco de mim ► Emprego ► Ideias ► Sonhos ► Ousadia 

Essa frase é da série mais importante da minha vida, dentro desses últimos 4 anos. (Grey’s anatomy)
É costumeiro a gente dizer que o tempo corre ou que as coisas podem mudar somente em piscar de olhos sem ter a real noção de quanto isso é verdade.
Da última vez que postei aqui, meus sonhos e ansiedades eram outros, para mim meus próximos dois anos estavam mais do que muito bem desenhados e até onde eu pensei, minha historia estava toda somente sob a liderança da minha vontade e dos meus esforços. No entanto as coisas não saíram como eu imaginei.
Sabe aquela formiguinha operaria?  Aquela que acorda, vai, faz o trabalho pesado e volta para casa sem basicamente nada acrescentado e com um saco cheio de reclamações?  Por alguns meses eu fui assim, com a ingenuidade pertinente aos meus 22 anos de idade eu achava que tinha como falar, que mostrando novas idéias e produzindo coisas bacanas eu sairia daquela visão de formiga mecânica que uma empresa corporativa oferece e para minha surpresa,  desse perfil que ela gosta de ter.
No inicio a visão era diferente, eu lutava para aprender, para sugar daquele lugar o possível e o impossível. Acredito que cumpri minha missão tão bem que com +- 1 ano de empresa eu tive uma ótima ideia roubada e mesmo assim persisti lutando, fazendo o que eu sabia fazer e me mostrando com certa desconfiança. Mas a minha busca por aprendizado e autoconhecimento incomodou muita gente e ao invés de continuar crescendo eu comecei a encolher. Talvez não como profissional, mas com certeza como pessoa.  O tempo foi passando e o estralar do chicote de algumas pessoas medíocres que me cercavam, foi fazendo com que eu não somente fizesse o trabalho de uma formiga, como também me sentisse como uma, quando percebi tinha me tornado impotente e vitima de toda aquela situação.
E então tudo mudou, mas nada mudou. A minha volta nada, mas dentro de mim...tudo. E isso já foi o suficiente!
Eu perdi o medo, confiei em mim e pedi para sair.
Sim, eu pedi para sair de um emprego estável simplesmente por não querer morrer. Por não querer me tornar uma árvore oca eu gritei. Hoje eu estou aqui, lutando por mim em um estágio, tendo novos planos e cultivando novos sonhos.
Essa coragem foi crescendo aos poucos. Veio das pessoas vi e das que tive a sorte de conhecer. Daquela que disse que “um passo para trás, às vezes podem ser dois para frente”. Daquele outro que disse que “você se vê nisso pra sempre? Eu não te vejo nisso para sempre!”.
Espero que esse meu texto não volte vazio. Espero que ele ajude e encoraje alguém que vê seus sonhos sendo podados todos os dias, mas que acha que não consegue se livrar disso e ser alguém melhor.
Hoje vim aqui exclusivamente pra te dizer:
Você é capaz!