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[About Ana e o amor] Capítulo 2 - Um é como o Sol.

Era um dia como qualquer outro quando Ana o conheceu, mas não tão trivial quanto ela gostaria. Depois do expediente teria que ir a festa de uma revista,  não estava muito empolgada, mas estava linda. Apostou no kit básico: tubinho preto, coque baixo e praticamente nenhuma maquiagem. Não esperava nada daquela festa a não ser comer bastante, algumas risadas, besteiras com as amigas do trabalho e ir embora antes de dar meia noite.

Quando toda a equipe chegou ao evento, não teve quem não olhasse para o trio que havia se aproximado. Ana e suas amigas formavam uma espécie de clube da beleza e já estavam casadas de ouvir comentários como “só trabalha gente bonita com vocês?”.  Sentaram-se juntas e como era de hábito, Luísa foi socializar com as outras pessoas na mesa, Andrea era educada, linda de morrer e observadora e Ana nem mesmo tinha sentado e já havia metido a cara no celular.

A mesa era bem grande e caberia até 10 pessoas, depois de alguns minutos conversando com um grupo aleatório no Whats, Ana levantou a cabeça, se viu rodeada de pessoas e encontrou um olhar preso nela que não se intimidou ao ser surpreendido. Debochada ela disse: “Posso ajudar em alguma coisa?” Ele sorriu. O sorriso dele era como o sol e no olhar não havia malícia e sim doçura. Naquele momento o mundo parecia ter ficado em silêncio e a impressão é que só existia eles dois por um intervalo de 5 secs que foi abruptamente interrompido pelo Chefe de Ana, provavelmente temendo algum atrito.

- Ana, esse é o Carlos. Nós estávamos falando de você alguns minutos atrás e você nem percebeu.

Ela respondeu:
- É? E exatamente sobre o que estavam falando.

- Sobre como você não larga o telefone -  brincou o chefe  – Ele tem acompanhado o seu trabalho nas redes da empresa e elogiou bastante.

Ana olhou novamente para Carlos e ele parecia que nunca tinha tirado os olhos brilhantes de cima dela, constrangida acenou com a cabeça e disse:
- Muito obrigada! Gosto muito desse cliente e faço toda a comunicação com o maior prazer.

De imediato ele respondeu:
- Dá pra perceber pela forma que escreve e como sempre traz novas referências bacanas para o publico interagir. Eu particularmente interajo bastante e fico contente em conhecer com quem falava todo esse tempo.

- Desculpe. Você é Carlos de quê? – Ela indagou.

- Carlos Savoya. Não sei se vai lembrar, mas conversamos muito no post sobre Games Of Thrones. – Ele estendeu a mão como quem finalmente tem a chance de se apresentar formalmente.

- Ahhhhh... Claro que lembro! Você é muito viciado! Vi a série inteira, mas acompanhar as suas referências foi muito difícil! – Ela disse cheia de empolgação, enquanto correspondia o aperto de mão com tanta firmeza quanto necessário.

- Sério!? Eu achei que você foi muito bem!  - Falou antes de dar um gole no seu drink.

- Eu só vi o show, nunca li nenhum dos livros... – ela disse.


E assim começou uma conversa que a levou a sair de lá 2 horas da manhã, tomar uma bebida com álcool por engano e rir como jamais poderia imaginar que sorriria naquela noite.  Eles tinham autores, séries, filmes e um infinito de coisas em comum, mesmo sendo tão diferentes. Depois de indicar um livro chamado [E] que por coincidência ela já tinha, mas nunca havia lido, saíram da festa com o trato de lerem juntos e compartilhar as impressões que teriam.

Quando chegou em casa a sensação de Ana era a de ter vivido uma noite maravilhosa que jamais iria se repetir. Tinha sido tão foda e cansativo que dormiria como uma pedra sem sombra de dúvidas, mas antes de se deitar, tirou da prateleira o livro que havia combinado com Carlos sem ter nenhuma esperança de realmente compartilhar impressão alguma. Ele pegou o seu telefone, mas ela não anotou o dele corretamente de propósito e achou que assim fosse ser melhor.

Uma semana depois ele entrou em contato via wpp e foi aí que tudo começou.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...

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