Quando toda a equipe chegou ao evento, não teve quem não
olhasse para o trio que havia se aproximado. Ana e suas amigas formavam uma espécie
de clube da beleza e já estavam casadas de ouvir comentários como “só trabalha
gente bonita com vocês?”. Sentaram-se juntas
e como era de hábito, Luísa foi socializar com as outras pessoas na mesa,
Andrea era educada, linda de morrer e observadora e Ana nem mesmo tinha sentado e já havia
metido a cara no celular.
A mesa era bem grande e caberia até 10 pessoas, depois de alguns
minutos conversando com um grupo aleatório no Whats, Ana levantou a cabeça, se
viu rodeada de pessoas e encontrou um olhar preso nela que não se intimidou ao
ser surpreendido. Debochada ela disse: “Posso ajudar em alguma coisa?” Ele
sorriu. O sorriso dele era como o sol e no olhar não havia malícia e sim doçura.
Naquele momento o mundo parecia ter ficado em silêncio e a impressão é que só
existia eles dois por um intervalo de 5 secs que foi abruptamente interrompido
pelo Chefe de Ana, provavelmente temendo algum atrito.
- Ana, esse é o Carlos. Nós estávamos falando de você alguns
minutos atrás e você nem percebeu.
Ela respondeu:
- É? E exatamente sobre o que estavam falando.
- Sobre como você não larga o telefone - brincou o chefe – Ele tem acompanhado o seu trabalho nas redes
da empresa e elogiou bastante.
Ana olhou novamente para Carlos e ele parecia que nunca
tinha tirado os olhos brilhantes de cima dela, constrangida acenou com a cabeça
e disse:
- Muito obrigada! Gosto muito desse cliente e faço toda a
comunicação com o maior prazer.
De imediato ele respondeu:
- Dá pra perceber pela forma que escreve e como sempre traz
novas referências bacanas para o publico interagir. Eu particularmente interajo
bastante e fico contente em conhecer com quem falava todo esse tempo.
- Desculpe. Você é Carlos de quê? – Ela indagou.
- Carlos Savoya. Não sei se vai lembrar, mas conversamos
muito no post sobre Games Of Thrones. – Ele estendeu a mão como quem finalmente
tem a chance de se apresentar formalmente.
- Ahhhhh... Claro que lembro! Você é muito viciado! Vi a série
inteira, mas acompanhar as suas referências foi muito difícil! – Ela disse
cheia de empolgação, enquanto correspondia o aperto de mão com tanta firmeza
quanto necessário.
- Sério!? Eu achei que você foi muito bem! - Falou antes de dar um gole no seu drink.
- Eu só vi o show, nunca li nenhum dos livros... – ela disse.
E assim começou uma conversa que a levou a sair de lá 2
horas da manhã, tomar uma bebida com álcool por engano e rir como jamais
poderia imaginar que sorriria naquela noite.
Eles tinham autores, séries, filmes e um infinito de coisas em comum,
mesmo sendo tão diferentes. Depois de indicar um livro chamado [E] que por coincidência
ela já tinha, mas nunca havia lido, saíram da festa com o trato de lerem juntos
e compartilhar as impressões que teriam.
Quando chegou em casa a sensação de Ana era a de ter vivido
uma noite maravilhosa que jamais iria se repetir. Tinha sido tão foda e
cansativo que dormiria como uma pedra sem sombra de dúvidas, mas antes de se
deitar, tirou da prateleira o livro que havia combinado com Carlos sem ter
nenhuma esperança de realmente compartilhar impressão alguma. Ele pegou o seu
telefone, mas ela não anotou o dele corretamente de propósito e achou que assim
fosse ser melhor.
Uma semana depois ele entrou em contato via wpp e foi aí que tudo começou.
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
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