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Bullet point! Design não é nada disso que você pensa. Será?

Muita gente não sabe, mas eu tive uma passada bem gratificante pelo curso de artes visuais. Na verdade, muito do que penso hoje foi talhado ainda naquele tempo de 17 anos e indecisão sobre qual carreira seguir.
Uma das coisas que mais me recordo gostar foram das aulas da professora Mery onde surgiam discussões acaloradas sobre o que é design e qual a diferença entre design e a arte. Depois de muito Bruno Munari e outras leituras complementares que servem de base tanto para o curso de design quanto para o de artes, a principal conclusão é que o que difere a arte do design é que o segundo já nasce com uma função pré-determinada, ele nasce com um propósito, enquanto a arte teoricamente fluiria do desejo do artista e não seria feita pesando em terceiros (o que a gente sabe que não é bem assim).

Ontem, depois de uns 3 anos sem contato com esses questionamentos fui lindamente exposta a uma nova forma de pensar e me vi obrigada é reconsiderar quantos pontos pudessem ser repensados em 2h e meia de palestra. O cara virou para a gente e disse : O design não existe, ele é só uma ideia modernista que colocaram na sua cabeça!
Eu disse: Oi!?
Ele disse: O design da forma que estudamos nas universidades e que se formou no modernismo (que por essência, destrói ou invalida tudo que veio antes dele, trazendo sempre o hábito de desejar começar do zero, mas só que nada vem de lugar algum) tem como principal pensamento que a forma acompanha a função e se mantém dentro de uma visão descontextualizada, que ignora variantes do ambiente que igualmente influenciariam na forma e que hoje em dia com a abertura de milhares de vertentes, a função não é algo tão simples de ser percebido como costumava ser.


Será que os designers costumam pensar nas influências sociológicas daquilo que desenvolvem?
Será que o estudo do micro e macro ambiente não são fundamentas para dar uma guinada em qualquer planejamento que se abrace nas palavras de um briefing?
Será que quando trazemos projetos, pensamos na relação com de onde viemos, e pra onde vamos a fim de analisar causas e consequências?
E a forma que encaramos os problemas? Temos mesmos que acabar com eles ou seria melhor dialogar, procurar a real causa e assim ir muito além da equação básica do dois mais dois?

No design de moda, a relação com o corpo, as mudanças politicas, econômicas e sociais são fortemente contempladas, simplesmente porque são os norteadores de qualquer projeto (que se prese, porque tem cada formado de moda que me mata de vergonha.)

Mas a ideia é que ...GENTE! Ele tava falando de design, publicidade e de qualquer coisa que parta de uma ideia.
Fiquei simplesmente boquiaberta e reflexiva. <3



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