Ao que me parece, hoje existe a
clara necessidade que você se declare contra ou/e a favor de alguma coisa para
que as pessoas possam decidir se você é um:
Coxinha reacionário ou Esquerdopata
iletrado.
Para que assim deduzam se você
vale ou não a pena sempre nos termos do 8 ou 80, como se não houvesse variantes
e o mundo fosse uma espécie louca de 2+2 onde você é obrigado a escolher um
time para amar, que de bônus, vem com outro para odiar criando a "vilanização" do
seu oposto quase automaticamente. E mesmo que diga que ou outro lado é que usa da vitimização
para manipular as coisas, você acaba também se colocando como uma vítima que em
algum momento sucumbiu a um algoz e que só agora recobrou os sentidos depois de
um “assalto violento” que lhe deixou na merda ideológica.
É engraçado olhar como um lado se
sente sempre culturalmente ou moralmente superior ao outro, sem considerar
que ambos têm idiotas reproduzindo o que algum “letrado” disse para tentar
parecer mais inteligente ou simplesmente se sentir fazendo parte de algo e no
fim das contas, são essas crenças vazias + discurso de ódio que deixa tudo uma
grande merda digna de estragar almoço de família por causa de um adesivo político.
Mas a grande questão aqui é que eu
não acredito que haja "ponto final" na história do mundo, simplesmente porque
elas são contadas por pessoas, na maioria das vezes mais inteligentes que eu ou
você, mas ainda assim são pessoas que em um dado momento foram influenciadas
por outras assim como você foi influenciada por elas. Disso flui toda uma
linha imprecisa que se rende a ideia de quem conta a história é o vencedor, mas
a visão de perder ou ganhar é no mínimo questionável quando se leva em
consideração tantos acontecimentos simultâneos e interesses ocultos.
Ao longo dos anos a gente já viu
a história ser contada e recontada diversas vezes, cada hora de um jeito, cada
hora com uma retificação que surgiu de uma coisa que os livros ocultaram ou de
uma carta que encontraram, mas não, essa carta era falsa e aí...blá blá blá ninguém
sabe, mas todo mundo pensa a respeito, alguns munidos de mais neurônios e
outros de menos.
Não sou genial e nem de direita
ou de esquerda, simplesmente por acreditar na interdependência dos dois
sistemas e ter certeza absoluta que nenhum dos extremos são legais, por isso, um precisa
do outro para manter a rédea curta e ações coerentes. Talvez o totalitarismo possa
ter sido legal para aquelas senhorinhas do protesto, minha mãe costuma dizer
que para ela foi indiferente porque no interior não se tem muita noção dessas
coisas e ela mesmo não se interessava, mas para mim, não consigo nem se quer me
imaginar em um sistema não democrático e acredite que pensei muito sobre isso
durante o lendário Vem para a rua, quando dei uma surtada e saí colhendo com
representantes dos dois extremos sobre o que poderia acontecer de pior segundo
o ponto de vista de ambos.
Sou dramática mesmo e entrei em
pânico ao mesmo que não sabia o que sentir, só o que pensar e pensei tanto que
já até queria fugir do Brasil se desse merda.
HAUHUA. Naquele momento me envolvi, realmente quis ouvir todo mundo, e
tive certeza de como me sinto a respeito de direitas ou esquerdas extremas.
Vire tudo para a direita.
Um intelectual que superou a educação alienativa do Paulo Freire e o Marxismo cultural que contaminou o mundo, desvendou o
grande quebra cabeça do mundo descobrindo a investida dos esquerdopatas contra a família
no anseio de destruir o modelo Cristão de vida através da Agenda from hell que
desfragmenta a sociedade ponto a ponto para torna-la mais suscetível à
dominação. Mas você não vai se render de forma alguma e vai lutar para que
esses imundos devolvam a educação, a união das famílias e tudo que ainda der
tempo de tomar de volta! Os esquerdopatas ou são ignorantes que servem como massa
de manobra ou estão de má fé contra as pessoas de bem que estão do lado certo da
história e defendem a moral desse país!
Vire tudo para a esquerda.
Contra os grandes conglomerados,
bancos, indústria da moda por acumularem riquezas e eu acreditar que essas
riquezas devem ser distribuídas com quem precisa. As minorias precisam ser
defendidas, então vamos nos agrupar de acordo a minoria que pertencemos e
deixaremos os que acham que nos entendem de fora disso porque somente uma
minoria sabe como é ser quem é. Então vamos á vante companheiros (não vejo mais
ninguém falando camaradas, só os da direita) e não toleraremos retrocesso desde
que não mexa com nenhuma minoria e se um dia o povo chegar ao poder vai ser a
melhor coisa do mundo porque essa hierarquização está errada e a meritocracia
só serve para quem já nasceu sendo privilegiado. Vamos inverter a pirâmide,
quebrar paradigmas e o mundo será mais justo! Eles não passarão!
Sigo páginas e pessoas representativas acampadas nesses dois
extremos e estou ciente de grande parte dos discursos e lutas, justamente por
isso não me sinto obrigada a acampar com nenhum dos dois, mas motivada a aproveitar e
disseminar ideias e iniciativas que são frutos do equilíbrio desses dois
discursos.
- Capitalismo consciente.
- Economia compartilhada
- E milhares de iniciativas que buscam um mundo mais bacana construído a partir do best of das coisas que a humanidade tem construído ou destruído até aqui.
Então para finalizar o post que não tem a pretensão de
ensinar ou censurar. Eu que sou alguém que de fato, ainda preciso estudar muito
nessa vida (todos precisam), nesse exato momento me posiciono a favor de um equilíbrio
e não me sinto alienada ou mais burra por me posicionar dessa forma. É inegável
os benefícios e os malefícios que ambos os lados trouxeram para a humanidade e
que nenhum dos dois são completamente santos como alguns fervorosos gostam de
acreditar.
Afinal, vamos lembrar que certa feita houve uma guerra civil
do povo contra o governo onde o povo pedia para que o sistema escravocrata permanecesse.
A história ensina que nem sempre a gente está certo só por acreditar muito
naquilo, então procurar se informar e pensar por você mesmo talvez possa ser a chave de um real progresso.
Me perguntei duas coisas:
Odiando essa galera aí, a quem vou beneficiar?
Quero mesmo beneficiar essa galera, ou tentar fazer algo melhor?
E sobre o governo, por favor né? Se o único problema do Brasil fosse o PT a gente estava mega tranquilo!
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