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Multitasking ou Monotasking? Tá bom ou ruim?


Cresci sabendo que era ótimo conseguir fazer várias coisas ao mesmo tempo, você cozinhava, falava ao telefone e ainda ouvia e comentava a novela.

Na verdade, as mulheres sempre foram famosas por conseguirem fazer muitas coisas ao mesmo tempo, na maioria das vezes por necessidade e não por gosto, mas no final das contas a gente sabe que esses “por menores” são o que menos importa no momento em que a história e os hábitos estão sendo passados a diante né? Além disso, ainda contamos com a colaboração do núcleo empresarial que desejando extrair o máximo dos seus funcionários incentivaram o crescimento dessa cultura do quanto mais melhor e ainda trataram por muito tempo essa “habilidade” como pré-requisito para ser um bom funcionário.

Depois veio a internet e os milhares de recursos espalhados por aí que deixam a nossa atenção completamente fragmentada entre o Twitter, Facebook, Snap, Whats e às vezes o final da novela que está passando na televisão. Mas será que isso é bom mesmo!? Fico pensando em como a mesma cabeça que lia milhares de livros tomando um cafezinho na varanda se sente sendo bombardeada por notificações, imagens e informações variadas de uma só vez, quanto daquilo ele realmente absorve e quanto serve somente para nos deixar mais desgastados?



Há mais ou menos dois anos os assuntos mais comentados da vez se tornaram o gerenciamento de tempo, como combater os detratores da rentabilidade e saber gerenciar suas atividades que se tornou também o novo pré-requisito mais cobiçado pelas empresas. Comecei a pensar nisso e a procurar conteúdos que pudessem me fazer entender de fato o que está acontecendo. Será que só estou aumentando as capacidades do meu cérebro ou se como já imaginava estou podando minhas capacidades, estimulando que continue a fazer as coisas pela metade e perdendo grande parte do conteúdo útil ao qual tento me expor por estar fazendo simultaneamente tantas outras coisas?

A verdade é que procurando por um conteúdo, achei vários outros que mostram o quanto o hábito de se manter multiplamente estimulado o tempo inteiro pode ser prejudicial para o foco, para o aprendizado, para as relações humanas e para a memória. Não estamos preparados para receber a quantidade de informação que recebemos diariamente sem nem mesmo ligar o celular, mas quando o ligamos, o mundo só piora e desencadeia milhares de ações que se postas em uma lista, o primeiro item vai ser o absoluto desperdício de tempo.

Dentro dos ambientes de trabalho as empresas costumam bloquear tudo que possa servir como distração com a intenção de aumentar a rentabilidade de seus funcionários. A gente sempre reclama, acha invasivo e até mesmo infantil, mas mesmo não querendo assumir em voz alta, todos nós uma vez ou outra já pensamos que aquilo realmente faz sentido desde que não tenham bloqueado o Facebook em uma agência de publicidade digital. A partir daí surge a pergunta: E se nós mesmos começássemos a nos policiar na vida pessoal e limitássemos o tempo dedicado para as coisas fúteis com o objetivo de rentabilizar os nossos gastos com coisas que realmente vão nos trazer mais retorno que dar um like na foto da coleguinha de 1800 ou ainda gastar mil horas só dando swipe no Tinder? Já pensou o que poderia acontecer? Quantos livros seríamos capazes de ler? Quantos projetos concluiríamos?
Levando todos esses questionamentos em consideração, comecei a eliminar redes e atividades desnecessárias da minha vida com a intenção de melhorar o foco e conquistar novas coisas. A internet é um ótimo aliado, mas não permita que ela comece a lhe aprisionar, se tiver força de vontade e conseguir se controlar tranquilamente, maravilha! Mas se precisa de ajuda para entrar no ritmo, existem vários apps que podem lhe auxiliar no gerenciamento do seu tempo e lhe mostrar com o que você anda gastando mais atenção do que deveria.








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