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Cine em casa (Julho/Agosto)


Filmes ► Raros tempos livres ► Opinião ► Indicação


Vi muitos filmes e fiquei com preguiça de falar sobre todos eles. Ando bastante preguiçosa para o blog nesses últimos meses, mas mesmo assim não poderia deixar de registrar aqui os filmes que mais gostei de ver e que me fizeram parar e pensar um pouco sobre determinados assuntos.
Em cada um terá um pouco da minha visão pessoal sobre eles. Para saber mais sobre a sinopse do filme ou opniões técnicas e cheias de fru-frus lhe aconselho procurar o Google. 


Shame
   No começo fiquei constrangida com a objetividade do filme.
Até você perceber que não se trata de um filme machista que só fala de sexo e de quantas mulheres ele é capaz de "pegar", você demora no mínimo uns 30 min. 
Não há pudor nas cenas e você quase não é poupado, porém é tudo muito real e muito triste também.
A relação dele com o sexo é quase dolorosa. Digo isso porque ele não gosta da sua condição de escravo das relações sexuais (e quem gostaria?), mas se mantém naquela situação por não ter escolha. E de fato o filme  deu a entender que não há opção desde que algo ceifou a capacidade que ele tinha de amar alguém e manter o sentimento por algum espaço de tempo considerável ou que atravessasse as barreiras do sexo. Mesmo tentando é quase impossível ele se livrar do karma que é ser escravo da pornografia.

Fight Club

Já tinha ouvido falar desse filme milhões de vezes e do livro ainda mais.
Desencorajada pela capa, me resguardei tanto quanto ao filme que simplesmente demorei esse tempo todo para abrir o pacote e descobrir essa pérola. 
Peguei pra ver sem ter lido sinopse ou criticas, não sabia nada do filme e me entreguei totalmente.
Não julgue o livro pela capa! Nem os DVD's, essa foi a principal lição que aprendi.
Trata-se de um filme GENIAL, questionador e sem dúvida, fruto das filosofias anarquistas.
Não sou fã do anarquismo e não com concordo com 1/3 do que se prega, no entanto o filme colocou tudo de uma forma que fez tanto sentido que alguns que talvez não tenham a cabeça tão feita possam misturar as verdades ditas com a severidade com as quais elas foram tratadas. (Não vire um revoltadinho insuportável, pleaseee)
Pode parecer contraditório, mas respeito filmes que propagam algo, mesmo que sejam somente dúvidas. Eles parecem mais verdadeiros e feitos com mais coração.
O mais bacana é que as amarras do filme vão muito além do enredo e invadem a edição do filme. Daí não conto mais porque é legal você googlar e entender o que se passou somente depois de ter visto o filme.


Inglourios basterds
Como o anterior esse é um titulo bem conhecido também, mas tenho problemas com assistir as coisas no exato momento do sucesso, não é querendo ser do contra nem nada, mas não consigo sentir me motivada. Prefiro desejar ver e pronto. E assim aconteceu com esse titulo.
Curti e curti muito.

Amo as viagens do Quentin Tarantino e não teria uma realidade alternativa para a queda do Reich melhor do que essa que ele bolou.

Sinceramente o filme não é o mais nutrido de conteúdo, mas só o fato de nos levar para imaginar como seria a vingança dos judeus de uma forma tão bem estruturada, repletas de pitadas de humor e com uma atuação supimpa do Brad Pitt. É incrível! 



Snow Flower and the secret fan


Sem dúvida é um lindo filme e duvido muito que eu fosse capaz de achar algo diferente disso.
Ele trás a tona parte da cultura chinesa ( o oriente é meu ponto fraco), com as historias das Pés de Lotus ( que são mais legais que as mulheres girafas). Li sobre elas e suas peculiaridades durante a faculdade de moda, quando falávamos sobre o conceito do que pode ser belo e atraente. 
Poder entrar mais fundo nas práticas e ver um enredo se desenrolar sob esse pano de fundo, foi mágico!
É um filme sensível que fala sobre o verdadeiro valor da amizade sob um viés diferente que vale muito a pena ser visto. 



Dirty Girl

Esse filme diferentemente dos outros, olhei com preconceito e posso até dizer que me surpreendi. Ele se passa nos anos 80 ou algo por aí. Ela é revoltadinha e tem um pensamento diferenciado quanto o que é ser uma garota.
Por mais retrô que seja o filme, o tema é tão atual que só consegui perceber a localização temporal dele por causa da trilha e do figurino.
Ela e o amigo gay, pegam a estrada em uma viagem de auto descoberta bacana, mas é o fim do filme que me deixa um pouco triste.
Durante toda a evolução do enredo a grande afirmação era, "ninguem gosta de garotas más" ou algo assim não tão longe da minha tradução fail. A qual eu concordo em partes.
Mas a forma na qual eles expressaram que a Daniele deixou de ser vadia...
Parar de usar make forte e começar a se vestir como as outras garotas é realmente um sinal de ser inteligente? Padronizar é de fato a melhor forma de levar as coisas?
Poxa, a personagem tinha uns ideias super fortes, aí eles resolvem tudo transformando ela em uma garota aparentemente comum para satisfazer as expectativas da sociedade sobre ela. Puff!


Hemingway & Gellhorn

Gostaria que tivesse sido antes, mas o primeiro contato que tive com a obra do Hemingway foi através de um blog que nem me lembro mais o nome, mas lembro perfeitamente do comentário que a blogueira fez sobre ele. Ela havia dito que ele era seu escritor favorito por tais  razões que me motivaram a saber de quem se tratava.
Depois daí li algumas coisas e o esqueci.
Esqueci até assistir Meia noite em Paris, filme muito bom que indico sem medo. O personagem foi retratado como uma pessoa tão triste, de uma forma que pinta a Gellhorn como uma piranha que estraçalhou o coração e a mente dele. 
Aí fui ler sobre eles né? Criei todo um imaginário e continuei pintando a Gellhorn como uma megera alcoólatra e promiscua.
Quando soube desse filme corri como louca pra ver, e quando o terminei comecei a simpatizar com a Gellhorn e apoiar grande parte das suas decisões.
Ela foi corajosa e a frente do seu tempo. O Hemingway apesar de genial era dependente e dominador. O que aconteceu com eles foi uma fatalidade da vida, por mais que se amassem e se admirassem, um não estava pronto para o outro.
É um ótimo filme que fala não somente do relacionamento complicado deles, mas que também possui um pano de fundo bem interessante, que é a guerra espanhola.


Roman Holiday
Ainda estou na caminhada para ver todos os filmes que conseguir da Audrey linda Hepburn.
Esse filme é em PB, mas depois dos primeiros 15min você nem se quer repara mais nisso e sua mente dá as cores para as coisas. Por exemplo, agora quando me lembro das cenas, me recordo de todas elas coloridas hahaha.
O final é lindo e o desenrolar da história é uma fofura que dá de dez nos filmes de princesas revoltadas ou perdidas e filhas de presidentes da Disney (não que eu os dispense).
Sintetizo esse filme em uma frase só.
Roma Holiday é como um sopro de felicidade.





Não falei sobre todos os títulos que gostaria de ter citado e ainda me empolguei e escrevi demais da conta! rs
Vou por as fotinhos de alguns outros que vi e também curti muito.

                                             


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