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5 Tilts que destroem um atendimento encantador


As estratégias de abordagem, fidelização e atendimento ao cliente surgem sempre entre as 4 paredes de um escritório que fica bem longe da linha de frente. É tudo minimamente pensado por gente capacitada para isso, que conhece de números e teorias, mas que cultivam um ponto cego toda vez que o foco é humanização e encantamento no PDV.

Para explorar esses pontos, começo com algumas perguntas básicas:

  • Como as coisas funcionam na ponta? 
  • Como são mensurados os seus resultados?

1 - Cultura interna da empresa.

A cultura vai muito além de frases pregadas na parede e pode ser completamente destruída pelo hábito de manter no quadro maus funcionários, membros que desejam ser demitidos e pequenos vícios detratores que se incorporam ao dia a dia de trabalho e são passados de um para o outro, com muito mais intensidade que o lema da empresa. Mantendo itens como esses, em pouco tempo, as frases que demandaram pesquisa para funcionarem como motivadores, serão encaradas com ironia e deboche entre os colaboradores.

Já se perguntou como a sua equipe de ponta se enxerga? Qual a percepção que eles possuem sobre o serviço que realizam e sobre a sua empresa?

Como alguém que se percebe como explorado e desvalorizado, terá munição para transmitir um encantamento que nem ele mesmo sente pelo estabelecimento em que trabalha?

2 – 7x 1 Para os resultados.

Nenhum esforço vale a pena se não chegar aos números que precisamos não é mesmo? Estamos aqui para entregar resultados mais que tudo e nada é bonito, interessante ou viável se não provar rentabilidade. 

A questão é que estamos trabalhando com seres humanos e ter noção clara de até onde dá para pressionar sem prejudicar a relação com o cliente final é imprescindível. Vamos fazer um pequeno exercício!

O orçamento para manutenção de equipe está baixo, sendo assim, é preciso um quadro enxuto. A demanda está aumentando, mas mesmo assim o quadro permanece o mesmo e os funcionários realizam o trabalho de 2 ou até 3 pessoas. Além disso, temos metas agressivas que precisam ser entregues e devem ser cobradas com vigor diariamente. A equipe está sem perspectiva de promoção, aumento ou reconhecimento do trabalho que está sendo realizado. Para ser a cereja do bolo, temos as complicações cotidianas do atendimento ao cliente.

Imagine que você é esse funcionário e reflita sobre como estaria se sentindo.

Sobra dúvida que já está sob estresse e que se somarmos esse item ao anterior, teremos uma horda de detratores disfarçados de colaboradores reclamões?

Pergunto novamente: De onde vem o tal encantamento que precisa ser passado desde o primeiro “olá”?

3 – Eu falo X e você entende Z.

Nas redes sociais falam sobre viagens, pessoas famosas, última moda em roupas, restaurantes e itens que acabaram de ser lançados por marcas do outro lado do mundo. Na loja o colaborador não sabe como pronunciar o nome da tendência e dificilmente explicar como o serviço ou produto pode ser utilizado. 

Como o encantamento surge de uma conversa tão desigual? Treinamento é essencial! Quando o funcionário tem ciência sobre o que ele está fazendo, o que seria um produto a ser comprado, pode virar 5 peças que surgiram de uma conversa bacana que simplesmente fluiu.

Outra questão interessante a ser pensada para esse item é o espelhamento dos seus clientes nos seus funcionários. Tente contratar pessoas que consigam unir o público frequentador do PDV com os anseios da loja, assim a comunicação será mais simples e o contato muito mais natural.

4 – Pensar global e falar somente inglês.

As peculiaridades locais geralmente estão previstas no planejamento, mas nunca é demais lembrar que o Brasil é grande e que a sua cidade também é. 
É obrigação ter uma estratégia geral que unifique e identifique todas as suas lojas como uma coisa só, mas é preciso reconhecer que cada ponto tem uma identidade única que se compõe com a localização, equipe e com os produtos que são recebidos.

Quando olhamos para os números ficam muito evidentes os pontos que vendem melhor certo tipo de produto que outro, mas as diferenças vão além da objetividade dos números e invadem âmbitos mais subjetivos, como a apresentação dos produtos, e as boas práticas utilizadas durante o atendimento. Essas boas práticas são oportunidades que se provam eficazes em si mesmas e precisam ser estudadas, aprendidas e quem sabe, expandidas. 

Encare toda essa construção do encantamento como uma via de mão dupla, onde todas as pontas têm fatores importantes a oferecer para o momento de conversão de venda.

5 – Produtos e serviços sem magia.

Trabalhou muito cuidando da sua imagem, tem o visual merchandising impecável, profissionais treinadas e felizes em trabalhar para você, uma rede social de dar inveja em todos os concorrentes, mas esqueceu a blusa desbotada na arara, a comida servida sem sal, o produto com uma péssima durabilidade recebida de um fornecedor suspeito.

Não há esforço de marketing que compense a falha básica de um produto de má qualidade. Os clientes irão sentir toda a motivação de compra, mas ao entrar em contato como produto toda essa magia e encantamento conquistados com muito esforço, irão desaparecer e reconquistá-los vai ser bem difícil.

A chave do encantamento é a empatia.

Quando o último item na construção de um atendimento encantador é tratado como o primeiro da lista, temos somente desastres como resultados. Sabe aquela risadinha irônica que seus funcionários trocam durante uma reunião ou simples apresentação de resultados? Ela pode dar muitas pistas de qual pode ser o motivo que a sua estratégia não está funcionando! Preste atenção não somente nos números finais, mas também nas causas e efeitos para tratar o problema definitivamente!

Estamos acostumados a recriar os passos do cliente e procurar saber como ele quer ser atendido e o que ele espera. Mas poucos são capazes e imaginar pelo olhar do funcionários como de fato acontece essa entrega.

Quanto mais equalizado o seu negócio estiver, melhores resultados serão apresentados. Como trata os seus clientes e funcionários? Executa uma liderança motivadora e passa através do exemplo aquilo que deseja que seja realizado? (Falei sobre isso nesse link aqui). Se coloque no lugar de quem faz o seu negócio acontecer e tudo que precisa ser feito, ficará mais claro!

Morte e renascimento da reputação da Taylor Swift

Música e o mundo pop sempre foram grandes paixões e acredito que um mercado tão grande tem muito mais que oferecer que bons hits e algumas fofocas. Reposicionamento, controle de crise, marketing pessoal, branding e milhares de outras teorias que lidamos e estudamos todos os dias no mundo empresarial podem ser facilmente identificadas entre singles e álbuns do mundo pop. Toda essa bagunça, brigas, quedas e ascensões nos ensinam muito sobre a nossa profissão e até mesmo sobre a vida. Não acredita? Podemos começar fazendo uma recapitulação da trajetória da Taylor Swift, mas conhecida como salvação do pop no ano de 2017 e ver um pouco de como tudo isso movimenta o mercado fonográfico.

Para entender como chegamos até aqui e porque esse momento é único na vida da Taylor e muito apreciável quando pensamos em estratégias de marketing, é preciso um resumo dos acontecimentos para se localizar direitinho. Vai parecer um pouco com a 4° série, a diferença é que envolve milhões e algumas ações inteligentes que surtiram um efeito contrário ao esperado. Além disso, traz a força das mídias e a forma que cada uma delas pode ser utilizada dentro de um cenário muito maior, como o grande quebra cabeça que todos nós desejamos ser hábeis para recriar dentro de um planejamento favorável ao nosso cliente.




Podemos tomar como princípio o memorável ano de 2009 quando o Kanye West invadiu o palco, tomou o microfone da mão da Taylor e disse que quem merecia a vitória era a Beyoncé. (http://rollingstone.uol.com.br/noticia/vma-2009-beyonce-leva-premio-principal-mas-protesto-de-kanye-west-ganha-holofote/#imagem0) Esse acontecimento levou a carreira dela para outro nível, até então só os adolescentes sabiam exatamente quem era e agora toda a mídia só falava dela.

Entre os anos de 2014 e 2016 começaram a surgir novas problematizações que vou organizar em lista para ficar mais fácil de acompanhar:

  • TS Squad’s. Essa era a gang de mulheres poderosas e famosas que a Taylor recrutou para se apresentarem como melhores amigas dela. Nada de drogas ou amizade verdadeira, se tratava de fortalecimento da imagem por associação. (https://www.thesun.co.uk/living/3039192/taylor-swift-girl-squad-crew-best-friends/) – Isso fez com que ela aparecesse nas redes sociais das pessoas mais relevantes da temporada e criasse a ilusão de ser a pessoa mais poderosa do mercado fonográfico no momento. A partir disso, o grande sonho das garotinhas era o de ser amigas da Taylor Swift e poder sentar com ela no recreio -



  • Ela recrutou várias de celebridades do Victoria’s Secret e do mundo pop para o clipe que facilmente deve ser o com mais gente milionária por segundo. Ousou nos figurinos, e claro, deixou todo mundo boquiaberto com o seu poder. Até aí tudo bem, só que a música Bad Blood foi endereçada a Katty Perry por uma confusão envolvendo “recrutar os melhores dançarinos da outra perto do início da turnê”, elas deixaram de ser colegas cordiais e se tornaram do tipo que trocam shades na internet. Nada ficou subentendido e a KT respondeu via Tweet “Cuidado com a Regina George em pele de cordeio” em uma clara referência ao filme Meninas Malvadas. – O clipe foi primeiro lugar no Youtube, só se falou sobre ele por semanas e deu bons retornos financeiros, mas foi a gota d’agua em relação ao discurso falsamente feminista e começou a deixar bem cansativo o mal hábito de sempre fazer músicas para provocar alguém famoso, nesse momento, se ela tinha muito amigos, Katy também tinha. A estratégia usada por anos encontrou um limite e agora estava falida-

Como golpe final à sua imagem, Kanye West retorna a citando na letra de Famous e a chamando de vadia. Ela reclamou e achou tudo um absurdo, ele disse que ela havia permitido e ela continuou negando. Depois de confusões e advogados, a Kim resolveu se intrometer e após ter comentando em seu reality show (um dos mais populares nos EUA) sobre a existência de provas que de fato o Kanye tinha pedido permissão, jogou as imagens no Snapachat e não demorou a subirem a tag #KimExposedTaylorParty no ranking mundial, seguida das tags #TeamTaylor e #TeamKardashian. A Taylor ainda tentou se defender (também pelo Twitter) dizendo que ele não mostrou a música como prometido, mas já era tarde, o dano já estava causado e o emoticon usado a se referir a ela na internet agora era o da Cobra.

Essas são as polêmicas mais famosas, mas também houveram demissões, ex namorados e etc. Ao fim do ano de 2016 a reputação de boa menina romântica que todo mundo queria ser amiga já havia sido destruída e tudo que sobrou foi a devoradora de homens, falsa e mercenária. Mas quando a vida te oferece limões, a sua obrigação é preparar uma ótima limonada e foi isso que a TS fez em seu novo álbum nomeado Reputation que será lançado no dia 10.



A primeira música de trabalho foi “Look what you make me do” onde letra e vídeo se tratam do maior shade que ela poderia ter feito após todos esse acontecimentos. Encarou todos os seus inimigos de frente, trouxe as polêmicas que citei e muitas outras de forma luxuosa e irônica. Abraçou em definitivo o título de cobra e se apresentou como rainha delas, declarando a morte da TS que todo mundo “tripudiou” nos últimos 3 anos.

Ela poderia ter se escondido debaixo de uma pedra, poderia ter esperado mais tempo para voltar à ativa. Mas ele simplesmente resolveu aceitar a morte da reputação que havia cultivado por toda a adolescência e assumir sozinha a liderança entre as veteranas do pop no ano em que a sua maior rival (KT Perry) lançou um cd que foi um total fiasco. Sem dificuldades ela emplacou o primeiro lugar nas paradas de sucessos e tornou o público parte de seu time quando acolheu a personalidade de vilã que os acontecimentos deram para ela. Até então, toda essa reviravolta merece muitas palmas.

Quem também pode ensinar muito sobre essa questão da vida e dos limões é o Justin Timberlake que depois do noivado mais balado do mundo do pop terminar em traição por parte da Britney, lançou “Cry me a river” como carro chefe do seu primeiro cd solo (Justified ) e emplacou primeiro lugar nas paradas de sucessos, enquanto a sua ex-noiva abraçou a reputação de traidora sexy e beijou a Madonna ao vivo para o mundo inteiro. E o que falar da Beyoncé que transformou a traição do marido em puro ouro e discurso de empoderamento feminino negro através de Lemonade?

O mercado fonográfico está cheio de grandes cases que podemos analisar isoladamente e extrair lições bem claras sobre ideias brilhantes a as não tão maravilhosas assim. É importante sair do nosso nicho musical, ir além, percebendo ações voluntárias e involuntárias e seus impactos. Encontrar dicas valiosas longe da áurea publicitária arrogante em que o nosso mercado está submerso e de bônus, conseguir inspirações para a produção de conteúdos. O mundo está mudando e as coisas estão evoluindo com muita velocidade, ações de 1 ano atrás já parecem abomináveis, e o melhor de tudo isso é que as pistas do que virá pela frente estão em todos os lugares.

Entre líderes, chefes e mais do mesmo.



Ser um bom líder tem pouquíssima relação com ser amigo dos seus funcionários. Na verdade, esse tipo de postura, mesmo que exercida com cautela, pode complicar muito mais que ajudar a vencer as dificuldades do dia a dia.

A necessidade de forçar uma mistura com a sua equipe trazendo assuntos pessoais para roda de conversa ou até estimulando comportamentos nocivos ao ambiente como fofocas e intrigas, não só caracterizam a insegurança de um chefe temeroso por se tornar assunto ao dar as costas, como também o torna vulnerável diante do seu time. Não estou dizendo que deve ser um robô ou algo assim, na verdade ser humano não tem relação direta com “se misturar”.

A sua humanidade vai estar evidente na cordialidade freqüente e principalmente, quando conseguir enxergar o outro muito além dos números. Não existe atitude que ganhe mais um funcionário que perceber que ele pode estar com algum problema pessoal e oferecer os ouvidos para ajudar. Talvez ele fale e só em escutar você tenha feito um bem inimaginável, ou talvez só agradeça a preocupação e se sinta mais valorizado com o seu interesse. Isso não é muita coisa, mas tenho certeza que é muito mais que a maioria de nós já recebeu dos nossos superiores.

O princípio básico de uma boa gestão de equipe é a empatia, parece um pouco batido, mas essa é a mais pura verdade. Por mais pesada que a geração Y tenha tornado essa palavra, você também é um chefe e ser líder é estar alguns passos além disso. A diferenciação entre liderança e chefia acontece naturalmente pelas ações e a forma que executa as suas demandas necessárias, porém, nem sempre confortáveis inerentes a função.

Um chefe aplica o feedback de maneira dura, mostrando desaprovação e deixando o funcionário envergonhado do seu mal desempenho. Mostra como o seu resultado ruim está prejudicando toda a equipe, o intimida, compara com os membros da equipe criando uma competitividade nociva e o culpa por isso.

Um líder aplica o feedback tentando construir uma ponte que o conecte com o seu subordinado, tenta encontrar junto com ele o motivo do resultado ruim e se coloca à dispor para descobrir uma forma melhor de fazer com que as metas sejam alcançadas por ele, incentivando o desenvolvimento individual para que haja o crescimento coletivo.

A demanda é sempre a mesma, mas a perspectiva sobre o trabalho de equipe e o ato de se colocar no lugar do outro é a real diferença. Milhares de anos se passaram, mas há coisas que não mudaram desde Roma e acredito que a relação do general com a sua tropa é uma delas. Os oficiais eram pagos, viam as suas vidas melhorarem, tinham plano de carreira e sob tudo, um motivo para acordar todos os dias. Porém, nenhum desses motivos era maior que admiração que nutriam pelos seus generais. Essa era uma relação construída pouco a pouco desde o campo de treinamento, celebrações e que se consolidava no campo de guerra. Estavam dando suas vidas pelo país, mas lutavam com muito mais vigor motivados por um líder que se posicionava na linha de frente, impulsionando todos eles para a luta. Apesar do medo e do cansaço, era aquela figura que os motivavam a seguir em frente e dar tudo de si acreditando que iriam vencer.

A guerra diária dentro de um escritório não é tão diferente assim. Se não está disposto a desvendar e lapidar os membros da sua equipe, se não tem força ou vontade de para lutar na linha de frente incentivando, conquistando confiança, admiração e procurando os melhores caminhos para o sucesso coletivo, me desculpe, mas chefe é tudo que dá para ser.

Uma carta aos inquietos.





No começo da nossa vida parece tudo muito fácil e a sensação é que viemos com o roteiro completamente pronto. Com somente alguns ingredientes personalizáveis, a receita para o sucesso a gente já tinha. É preciso estudar bastante, fazer uma universidade, procurar um bom emprego, ser um trabalhador exemplar fazendo o serviço com responsabilidade e afinco e tudo ficará bem. Irá se aposentar e a sua vida estará completa. Filhos, netos e um dinheirinho bacana todo mês.

O que as pessoas até avisam, mas que é complicado de entender quando somos muito jovens, é que não funciona como 1+1 e que nada é tão simples quanto parece. O que serve para um, não se aplica automaticamente para o outro e acredito que a minha primeira decepção da vida adulta foi descobrir que o seu potencial e esforço no trabalho, não implicam diretamente no seu reconhecimento e ganho financeiro. Há muito mais regras determinando um jogo não tão justo e que exige coisas que nem sempre está disposto a sacrificar, coisas que ninguém seria capaz de te alertar. Aí começaram os primeiros passos do meu caminho tortuoso e bem característico da geração Y.

Escolher bater ponto e fazer o mesmo trabalho mecânico todos os dias, é sufocar a grande parte de mim voraz por aprender e transformar tudo que tenho a minha volta com criatividade, devoção e paixão. Pareceu um discurso muito apaixonado, adolescente e irreal? Talvez seja, mas aos meus 27 anos ainda não aprendi como levar uma vida tranquila aprisionada em uma caixa, fazendo mais do mesmo o tempo inteiro, contente em ter como pagar as contas e somente isso. Ok com empresas que querem o seu sangue, mas recusam a minha alma.

Sempre ouvi dizer que coragem e burrice são irmãs gêmeas. Se por um acaso tudo deu certo, então se trata de um ato de coragem, se deu errado, foi somente burrice. Dentro dessa lógica, a vida da maioria da população segue sufocada e infeliz durante grande parte do dia e se mantém inerte, com medo de que fazer diferente seja só mais erro que pode ser evitado. Nesse ponto não difiro de ninguém, tenho contas para pagar, pessoas que dependem de mim e muito medo de estar dando um “vôo de galinha”, além disso, ainda tenho que lidar com o peso dos medos alheios que me julgam e discursam com pensamentos simplórios e cheios de uma razão que me recuso a compartilhar.

Sei dos riscos e dificuldades que escolher o incerto proporciona, mas tenho ainda os 50% que me dão esperança todos os dias e vontade de continuar em campanha até que o território seja conquistado. Ser negra em um país como o nosso, ser baiana e continuar no meu Estado, querer ver além e tocar o diferente quando ninguém mais tem interesse nisso. Sempre parecer louca, mas vendo as suas ideias sendo realizadas anos depois pelos mesmos que as rejeitaram antes, tornam a luta diária de ser quem se quer ainda mais pesada e com uma medalha de vencedor ainda mais cobiçada.

Essa carta não tem um grande final motivador, ela não chegará ao fim dizendo que com certeza vamos conseguir. Na verdade, torço para que seja assim, mas no momento, tudo que posso dizer é que devemos manter a CORAGEM! Enquanto essa brasa estiver queimando em nosso peito, nossos passos vão continuar a fazer sentindo, e com fé, logo vamos encontrar o lugar que desejamos e fazer dele o nosso refugio de criatividade, inovação e qualidade de vida.

Força!

5 erros que marcas de moda iniciantes cometem nas redes sociais.


Iniciar sua presença nas redes sociais pode representar grande ganhos para sua empresa, mas a forma que faz isso determina quanto tempo vai demorar para conquistar os seus objetivos, ou quem sabe, se algum dia chegará a conquistá-los.
É normal que ao iniciarmos um negócio fiquemos na linha de frente fazendo tudo sozinhos como verdadeiros equilibristas. Pensando nas experiências que já vivenciei no gerenciamento online de marcas de moda, separei 5 erros que pequenas empresas costumam cometer ao ingressarem nas redes sociais e espero poder te ajudar a evitá-los.

1 - Não saber quem é.
Isso pode acontecer em qualquer segmento, mas nas marcas de moda esse problema é muito mais frequente.
Ainda existe uma grande dificuldade por parte dos empreendedores em conseguir alinhar tudo que é preciso para desenvolver uma identidade que possua unidade e clareza sobre o que desejam comunicar. Desde o comecinho da marca é necessário que tudo esteja muito bem pensado, e para novas lojas offiline que desejam se posicionar digitalmente, é especialmente complicado conseguir uma percepção real do que se quer propor como um todo. No entanto, quando o assunto se torna digital, todas essas faltas ficam 3x mais aparentes e podem acarretar uma grande decepção em relação aos resultados.
Quando se terceiriza a produção de conteúdo essa falta de clareza implica diretamente em um briefing desconexo. Ele vai solicitar do profissional de marketing uma abordagem descolada, mas que só terá peças básicas para oferecer. Ou pede parar apresentar uma marca que jura ser pensada para a classe B+, mas que vende peças do mesmo fornecedor que marcas da classe C.
Parecem erros fáceis de serem detectados de imediato, mas nem sempre é assim. É preciso um distanciamento para perceber e apontar o caminho certo, antes que todas essas falhas ganhem mais evidência que o próprio produto. Pedir o auxílio de um publicitário/consultor de marketing pode ajudar a alinhar suas vontades e sua realidade, mesmo que prevendo novos caminhos para futuro.

2- Mirar em Chico e acertar no Francisco.
Esse erro está bem pertinho do anterior e pode acontecer de duas maneiras diferentes.
A primeira e mais cruel é errando na segmentação dos anúncios, principalmente no Facebook.
É sempre bom lembrar que por mais segmentados que sejam, os anúncios acabam trazendo algumas pessoas que não são do nosso interesse, mas o erro mais comum que vejo cometerem, é filtrar o público utilizando páginas muito grandes achando que todo mundo que segue aquele lugar tem o porte de consumo que o lugar oferece ou o estilo parecido. Seguindo esse raciocínio, você vai acabar lotando a sua página de pessoas que não possuem potencial de compra e nem afinidade com o que oferece. Prefira sempre recorrer a perfis menores e com alto engajamento, a probabilidade de conquistar um público que realmente vai se identificar com você é bem maior.
O segundo caminho para errar em cheio o seu target, é produzindo um conteúdo que não fala o "idioma" dele.
Procure entender as referências similares entre sua marca e seus clientes e as explore o máximo possível. Um filme, uma música...tudo pode ser pauta de uma conversa interessante para aproximar-te ainda mais deles.

3 - Achar que só o produto importa.
 Quem nunca entrou em algum perfil de Instagram em que só tinha foto de produto?
Não falo em fotos bonitas com o produto inserido em contextos bacanas. Se trata de perfis só com produtos mesmo, puro e seco ou com um layout gráfico para fazer uma gracinha.
É evidente que isso não funciona para todo mundo e não vão ser as frases roubadas de outros perfis que irão fazer o seu feed ganhar mais relevância.
Mais do que em qualquer outra rede, a ideia de contar uma história pesa muito mais para o Instagram. Uma foto do seu produto em um manequim tirada em fundo branco, não o diferencia em nada da outra loja que também comprou a mesma peça e deu o mesmo tratamento, no entanto, quando você oferece uma nova perspectiva, insere todo um discurso que traz valor, personalidade e por consequência likes.
Investimento em boas fotografias nem sempre tem que significar dinheiro, mas sempre vai significar tempo e criatividade. Se ainda não tem como pagar um fotógrafo profissional para fazer fotos mais legais, tente improvisar com cenários criativos e amigas fotogênicas dispostas a ajudar! Você não precisa e nem deve se prender somente ao produto, olhe para o universo da loja e procure por detalhes que mostrem beleza na decoração, no dia a dia, nas clientes e em tudo que lhe rodeia. Tudo pode ser um conteúdo com potencial de engajamento esperando para ser aproveitado.

4 - Acreditar que o que serve pra ela, também vai ser ótimo para você.
Copiar as fotos já é ruim, mas copiar as legendas é tão comum que fico até sem graça de compartilhar os casos. É normal querer seguir o que já funciona, todo mundo faz isso e em todos os segmentos essa prática é bem recorrente, só que há uma grande diferença entre se inspirar e copiar descaradamente. Lembra quando falei de unidade? Se começar a copiar de várias marcas diferentes, em pouco tempo poderá mudar seu nome para Frankstein Fashion. Se optar por copiar de uma marca só, vai se tornar uma mera filial sem identidade e entre os seguidores compartilhados, não vai demorar a ficar com fama de "imitona" e queimar o seu filme sem a menor necessidade. Originalidade é importante, mas na falta dela, personalidade faz toda a diferença para a sua fixação positiva junto às clientes.

5 - Sobreposição de conteúdo.

Sei que está difícil criar conteúdo de moda quando há tantas blogueiras lotando cada tópico e chamando o dobro da atenção que a sua marca poderia chamar. Mas se escolheu produção de conteúdo para blog como estratégia, terá que ousar para não acabar falando sozinha.
Não é fácil, mas tente reinterpretar os acontecimentos de uma maneira que só a sua marca poderia fazer. Converse diretamente com as suas clientes usando a forma que elas falam e a realidade que vivem como seus norteadores.
Não se prenda somente a moda puro e continuamente, você pode assumir o seu nicho de mercado e se preparar para falar de tudo que elas gostam. Entenda o universo e as cerque de conteúdo relevante, evitando por em pauta assuntos muito genéricos.
Por último e não menos importante: Não copie o conteúdo de ninguém, nem mesmo colocando os créditos. Indique outras páginas, até cite trechos, mas se dedique a produzir algo original. Essa regra é importante para todas redes, mas para blogs é fundamental.

Esse é o meu primeiro texto nessa plataforma e espero que tenha sido de serventia para você. Se deseja acrescentar ou corrigir, estou de ouvidos e coração abertos para aprender ainda mais. Caso precise de ajuda, estou de portas abertas.