- Como as coisas funcionam na ponta?
- Como são mensurados os seus resultados?
Desde que me entendo por gente, estou sempre planejando alguma coisa, me preparando para outra opção ou somente sondando um ideia nova e pesquisando como louca.
Essa sou eu, minha essência é estar em movimento, sempre estou procurando um meio para me fazer mais inteira e talvez por isso tenha escolhido profissões que fossem tão voláteis quanto me sinto.A moda com a sua constante de mudanças cíclicas e a publicidade com sua certeza incerta que exige sempre mais e mais de todo mundo.
Na minha idade o coro canta sagas amorosas que implicaram em casamento ou em um acasalamento memorável. Pra mim, orgasmo múltiplo vem com um projeto novo sendo colocado em prática e dando certo, meu ponto G é ver uma peça bacana na rua (ou na rede).
Toda a dedicação pra pensar, a força pra fazer o projeto rodar e a satisfação de ver pronto é totalmente porn. É aí e em muitos outros pontos que me encontro com o signo de capricórnio tatuado na pele. Apesar de jurar não acreditar em zoodiaco, gosto da semelhança, poupa muito sacrifício para explicar que tipo de pessoa sou. Se ficam na dúvida, é só dizer "sou de capricórnio" e pronto! O pacote "fria, ambiciosa, calculista, Workaholic e indiferente" já surge facilitando todo o meu trabalho!
Sabe no que mais ser assim implica? Em intensidade! Coisas mornas não me seguram por muito tempo, gosto mesmo é do caos organizado. Perder sono por um projeto e sentir as ideias fluírem dos poros em epifanias que dificilmente são compreendidos por alguém que não seja um criativo são regalias impagáveis. Nessas horas pré orgasmicas, a revolta por ter escolhido profissões difíceis e que pagam pouco desaparece. Essa é a cachaça do publicitário que se orgulha em ser e fazer o que faz, a delícia de ver algo foda nascer e prosperar, vale mais que salário e é uma delícia!
Sinto falta disso, achei que não sentiria. Ganhar dinheiro é a principal função do trabalho e acreditei de verdade que seria o suficiente, mas não é. Quero minha cachaça de novo, sou uma viciada...e amo ser quem sou.
Tá na hora de pensar e repensar! 💜
[...]the only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing, but burn, burn, burn like fabulous yellow roman candles exploding like spiders across the stars and in the middle you see the blue centerlight pop and everybody goes"
Os olhos eram como bocas.
e bocas eram como mãos.
Tudo misturado,
inclusive a gente.
Dedos de língua, apertos de dentes.
A dor era o presente do ardor.
De costas pro mundo,
de frente pro desejo,
fomos até o fundo.
Uma e outra vez,
sem silêncio,
mas sem conversas.
Sorrisos como súplicas.
Voz, segredos, suspiros ... alívio.
O cheiro q era nosso descansava.
Repouso no quarto cheio de vazio.
Jéssica Reis 🌻
Tantos rótulos, tantas pessoas.
Parte da vida para identificar onde nos encaixamos.
Até perceber que não há caixas o suficiente pra caber quem realmente somos.
Sou a chata.
A obcecada por irrelevâncias.
A que fala alto pq tá empolgada demais pra controlar o tom.
A que se engaja e flui criativamente facilmente.
A que interroga, sufoca e quer te decupar.
O rosto fala mais que a boca.
A boca fala menos que os pensamentos.
Sou ideias. Filha dos detalhes, irmã da sinceridade e neta da curiosidade.
Minha família é minha cruz.
Agressividade.
Leveza quase nunca.
Sou do peso.
Dos temas complexos, dos amores longos e das notas extensas.
Solidão, mas também sou grupo.
Gratidão, resmungo, dengo e risos intermináveis sem razão aparente.
Felina.
Não quero abraços ou toques sem sentido.
Quero o meu espaço livre, mas posso querer o seu com o meu nome.
Mais do espírito do que transpareço e mais da carne do que gostaria.
ELE sempre pode te ajudar.
Não sou simples, já quis ser, mas desisti.
De literatura fácil o mundo tá cheio.
Sou um clássico infame, cheio de dramas, piadas suspeitas e lições vindas da dor.
Oscar Wilde, Shakespeare, Aldous Huxley.
Escolha a melhor capa e comece a encaixotar.
Jéssica Reis